domingo, 13 de janeiro de 2013

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Elisabete Matos - 25 Anos de Carreira


Sábado, 12 de Janeiro de 2013, às 19:30

Um Concerto Único. A NÃO perder !!!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A Africana - Teatro Maria Matos



A AFRICANA, um espectáculo Cão Solteiro & Vasco Araújo a partir da ópera homónima de Giacomo Meyerbeer com texto de José Maria Vieira Mendes. 

5.7.9.12.14.16 de Dezembro de 2012 
(21:30 / Domingos às 18h)

Adaptação Musical e Direcção: Nicholas McNair

Actores: Bernardo Rocha, Luís Magalhães, Noëlle Georg, Patrícia da Silva, Paula Sá Nogueira, Paulo Lages

Solistas: Marina Pacheco, Sónia Alcobaça e Vasco Araújo

Coro Gulbenkian

Figurinos: Mariana Sá Nogueira

Luz: Daniel Worm d'Assumpção


"A: Cheguei ao país maravilhoso. Ao desconhecido. Não estou em mim. Estou do outro lado. Sou a invenção do mundo. Sou o grande Ó. Regressei ao paraíso. O tempo é redondo como a terra. O princípio é igual ao fim. Sou Adão e Eva e descobri o que já foi descoberto. Sou a globalização. Sou a heterogeneidade. E a imortalidade. E tanta coisa que não caibo em mim. Olho em volta e é tudo tão...é tudo tão...é tão...é tão...é tão...diferente, exato, é essa a palavra: diferente. Será que isto é um lugar comum? Ou virá a ser? Vou ganhar um prémio. Está garantido. Tenho de voltar e contar. Que palavras é que vou utilizar? Isto não se escreve nem diz. É...é tudo tão...é tão...é tão...diferente, exato, é essa a palavra: diferente. Será que isto é um lugar comum? Estão todos a olhar para mim. Sou a minoria. Sinto-me tão...tão...tão...diferente, exato, é essa a palavra: diferente. Será que isto é um lugar..."

















Infestados de identidade

28.11.2012 - Ana Dias Cordeiro
diminuiraumentar


Vasco Araújo e a companhia de teatro Cão Solteiro voltaram a trabalhar juntos: desta vez a partir de uma ópera de Giacomo Meyerbeer. A Africana está a partir de dia 5 no Maria Matos


Baralhar e fundir expressões artísticas diferentes, num mesmo palco, é uma forma de fazer teatro a que a companhia Cão Solteiro já habituou o seu público. A Africana, a partir da última ópera do compositor alemão Giacomo Meyerbeer (1791-1864) com o mesmo nome, é disso um exemplo. É o segundo projecto que junta esta companhia a Vasco Araújo. O artista plástico cria, com a actriz e encenadora Paula Sá Nogueira, um espectáculo em que canta como solista, ao lado de duas jovens sopranos profissionais, Sónia Alcobaça e Marina Pacheco - e que tem estreia esta quarta-feira, dia 5, no Teatro Maria Matos em Lisboa (até dia 16).

A cena está pensada como uma escultura viva, uma performance. São dois grandes tabuleiros de terra - porque aqui se fala da ocupação de um território - delimitados por um elástico, uma linha concreta. A linha que separa o espectáculo de uma suposta encenação (ou mesmo de um ensaio), essa, é ténue, como que a apelar a uma confusão, ao questionamento do valor dos contornos bem definidos que nos separam do outro e enclausuram cada ser dentro dos limites da linguagem. Um ser é também abstracto e variável; um material que se deforma, que se transforma e que encontra uma definição no confronto com a diferença.

A ideia em A Africana é, por isso, apelar ao maior número de sentidos possível, diz Paula Sá Nogueira. "Levar a ópera ao limite" - com a arte visual, o canto, a música, o texto escrito para quatro personagens e um coro. As cenas de actores alternam com as dos solistas - e por vezes com os solos de alguns cantores do coro da Fundação Calouste Gulbenkian, dirigidos e acompanhados pelo maestro Nicholas McNair, que escolheu os excertos da ópera e fez os arranjos (há três anos, o músico britânico também se sentou ao piano na primeira produção conjunta da Cão Solteiro com Vasco Araújo, A Portugueza). A dimensão política, do confronto simbólico, está mais presente no texto. A do amor no canto e na música.

Com libreto original de Eugène Scribe, A Africana conta uma ficção imaginada a partir da vida do navegador português Vasco da Gama, que parte num navio à procura de um mundo novo. Inês, forçada pelo pai a casar com D. Pedro, está apaixonada por Vasco. Este também é amado por Selika, amor que para ela é proibido, por ser escrava. Também há Nelusco, que ama Selika e quer vingar-se de Vasco, sabendo que se os descobridores puserem o pé no novo mundo será o seu fim.

A partir desta história de poder, o dramaturgo José Maria Vieira Mendes escreveu um texto original que coloca a pessoa face a si mesma e a olhar-se através do outro. O discurso sobre identidade está de tal maneira presente que "infesta", diz: "É o princípio da existência, porque é uma existência baseada na linguagem e nós não podemos sair daqui." Explica: "A ideia no texto é a de que estamos infestados por um discurso sobre a identidade. Um discurso com uma história longuíssima, que tem um peso fortíssimo, e do qual não nos conseguimos livrar. Se nos livrarmos dele deixamos de existir, porque toda a nossa existência está dependente de um discurso sobre a identidade."

Nesse sentido, Vasco Araújo regozija-se com a descoberta e a escolha de A Africana. Há nesta ópera um interesse muito profundo por um tema ao qual não quer resistir (e com o atractivo de ter a História de Portugal, mesmo que distorcida, em fundo): a questão da alteridade e da globalização e, no limite, a do conflito connosco mesmos. "É das poucas óperas que têm a ver com a História de Portugal. Mas o que nos interessa é trazer isto para os dias de hoje", diz ao Ípsilon.

Maioria e minorias

Nelusko resiste - a sua questão é "voltar a ser a maioria". Com ele, Selika é minoria numa ilha onde é, ao mesmo tempo, rainha e escrava. Vasco da Gama define-se através da conquista de novos territórios: "Eu não escrevo nem componho. Eu descubro e expando. (...) Dêem-me barcos. Dêem-me homens. Estou farto que me digam quem sou. Deixem-me descobrir a minha identidade. Expandir o meu ser. Estou aqui para fazer história."

Para uns, a identidade ganha sentido pela resistência ou pelo desejo de descoberta. Para outros, pela descoberta do amor ou da poesia - "No meu mundo tudo é possível. Porque o meu mundo é feito de palavras", diz Dom Pedro. "Sou um poeta. E o desígnio de um poeta é olhar o mundo e imaginar as consequências."

A identidade, em confronto com a diferença, cria estranheza. E a estranheza é por vezes crua em palavras e gestos, como metáfora da intolerância em tempos de globalização e necessidade (por vezes desejada, outras quase forçada) de integração.

"O meu nome é Selika. Sou rainha. Mas estou confusa. Deve ser as dificuldades de integração. Vocês cegam-me a vista com tanta luz."


As personagens têm nome, mas as suas falas distribuem-se por pessoas a quem são dadas letras - A, P, J, D - sem uma ligação fixa aos actores (Patrícia Silva, Paula Sá Nogueira, Bernardo Rocha e Paulo Lages), como numa dança de cadeiras e de falas. Como se estar no lugar do outro ajudasse a descobrir novos mundos - não exactamente geográficos, mas interiores.

sábado, 27 de outubro de 2012

"Irene" de Alfredo Keil

"LEITURAS DE ÓPERA PORTUGUESA" - IRENE

Lenda mística ((Drama lírico) em quatro partes

Versos de Cesare Fereal / Música de Alfredo Keil

Salão Nobre do TNSC

31 de Outubro de 2012 às 21h
__________


Irene, donzela lusitana
Sónia Alcobaça (soprano)

Giulia, amante de Britaldo
Paula Dória (meio-soprano)

Britaldo, capitão godo, filho de Castinaldo
Marco Alves dos Santos (tenor)

Remigio, monge
Nuno Pereira (barítono)

Castinaldo, Conde e Governador de Nabância
João Oliveira (baixo)


Piano e Direcção
Maestro João Paulo Santos

__________

Estreia absoluta a 22 de Março 1893
no Teatro Real de Turim



quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Gluck - Recitativo e Ária de Pallade



"Páris e Helena" - Gluck
Festival Cistermúsica / Cine-Teatro de Alcobaça
7 de Julho de 2012

(Produção reposta no Teatro S.Luiz em Lisboa e no Teatro Circo em Braga)

Pallade - Sónia Alcobaça
Coro do Estúdio de Ópera da ESML


sábado, 29 de setembro de 2012

"Il Mondo della Luna" - Joseph Haydn



Planetário Calouste Gulbenkian - Lisboa

28 e 30 de Setembro de 2012 - 21:30
30 de Setembro de 2012 - 15:00 (Versão para crianças)

Ecclitico - Gilles Ragon
Ernesto - Michael Chance
Buonafede - Luís Rodrigues
Clarice - Inês Simões
Flaminia - Sónia Alcobaça
Lisetta - Inês Calazans
Cecco - José Lourenço

Festival Rota das Artes
Tito Celestino da Costa


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

No Teatro S.Luiz

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Foto de Ensaio - Cistermúsica 2012

domingo, 29 de julho de 2012

Festival ao Largo 2012 - "Turandot" de Busoni


   
  "Trata-se de uma ópera em dois actos com uma história de amor/ódio rocambolesca mas que teve uma interpretação excelente por parte da Orquestra Sinfónica Portuguesa, dirigida pelo maestro Moritz Gnann, do Coro do Teatro Nacional de São Carlos e dos cantores.

A ópera Turandot de Busoni não é uma ópera facil tanto pela língua em que é cantada, o alemão, bem como pela inovação na tonalidade, a atonalidade, que Busoni imprimia nas sua composições.
Com tudo isto tivemos em palco Sónia Alcobaça e Mário João Alves, o par romântico que nos surpreenderam não pela voz de execução excelente mas pela dicção.
Falar alemão e por vezes de forma rápida não é facil, fazê-lo a cantar, e bem, e a dar o toque da representação é bem mais dificil, mas não foi isso que nos deram a entender ao artistas em palco. Foram quase perfeitos!"
in Jornal Hardmusica





Récita de 28/07/2012

sábado, 14 de julho de 2012

Busoni "Turandot" - Festival ao Largo 2012



"TURANDOT" - FERRUCCIO BUSONI
27.28. JULHO

ÓPERA EM VERSÃO DE CONCERTO


Direcção Musical
Moritz Gnann


ELENCO


Turandot - Sónia Alcobaça
Kalaf - Mário João Alves
Altoum - Nuno Dias
Adelma - Maria Luísa de Freitas
Barak - Luís Rodrigues
Truffaldino - Carlos Guilherme
Pantalone - André Baleiro
Tartaglia - Nuno Pereira
Rainha Mãe - Filipa Lopes
Uma Cantora - Carolina Figueiredo


CORO DO TEATRO NACIONAL DE SÃO CARLOS
ORQUESTRA SINFÓNICA PORTUGUESA




terça-feira, 3 de julho de 2012

Ópera de Gluck - Festival Cistermúsica 2012


07-07-2012, 21:30 / Cine-Teatro de Alcobaça

Ópera em 5 actos, estreada em 1770, que relata a história de amor e sedução entre Páris e Helena, um dos mais apaixonantes mitos da antiguidade e que até hoje continua a inspirar variadas manifestações artísticas. Esta obra, que será apresentada pela primeira vez em Portugal, é a terceira das óperas reformistas do compositor alemão Christoph Willibald Gluck e do Poeta italiano Ranieri de'Calzabigi. 
A suavidade da música e a subtileza irónica do libreto, que ficciona o episódio da chegada de Páris a Esparta até à sua fuga com Helena para Tróia, conferem-lhe um tom muito mais próximo das óperas de Mozart do que das suas antecessoras "Orfeo ed Euridice" e "Alceste". Gluck dedicou esta obra a um português, D.João Carlos de Bragança Duque de Lafões, na altura residente em Viena e mais tarde fundador da Academia das Ciências de Lisboa.
Este projecto resulta da parceria artística entre o Estúdio de Ópera da Escola Superior de Música de Lisboa (ESML), a Companhia Clara Andermatt e O Espaço do Tempo. Clara Andermatt e Rui Horta, ambos com percursos marcados pela sua íntima relação com o universo da música, juntam-se aos alunos, ex-alunos e professores da ESML para criar um projecto em que música, espaço e movimento se fundem num ambiente de intensa emotividade onde Deuses e Homens conspiram em nome do amor.

Encenação: Clara Andermatt
Direcção Artística do Estúdio de Ópera da ESML, edição e preparação musical: Nicholas McNair
Solistas: Carmen Matos, Carla Simões, Sara Marques, Sónia Alcobaça


Coro do Estúdio de Ópera da ESML:
Teresa Duarte, Rita Marques, Ana Sofia Ventura, Marta Garcia, Raquel Fernandes, Cláudia Nunes, Marta Cepêda, Laura Lopes, Avelino Abreu, Pedro Matos, Rui Aleixo, Pedro Cachado, Eduardo Martins, Ruben Rodeia, Gustavo Lopes.
Direcção - Clara Alcobia Coelho

Orquestra de Música Antiga da ESML:
Stephen Bull, Miguel Vasconcelos, Catarina Silva, Raquel Merrelho, Cristiana Sousa, Catarina Melo, Salomé Alves, Pedro Carvalho, Alexandrina Faria, Dina Hernandez, Danny Cruz, Paulo Sousa, João Luis Lopes, Catarina Dinis.
Direcção - Pedro Castro


Cenografia e Desenho de Luz: Rui Horta
Figurinos: Aleksandar Protic
Assistência de Encenação: Madalena Brak-Lamy
Direcção Técnica: Luís Bombico


Produção Executiva: ACCCA e Espaço do Tempo
Direcção de Produção: Alexandra Sabino
Assistência de Produção: Nuno da Rocha
Tour manager: Ana Carina Paulino


Coprodução: ACCCA - Companhia Clara Andermatt, ESML, O Espaço do Tempo e S.Luiz Teatro Municipal


Agradecimentos: Stephen Bull, Movimento de Expressão Fotográfica, Festival Cistermúsica, Theatro Circo.