domingo, 22 de fevereiro de 2009

Foyer Aberto - O São Carlos no século XIX



Concertos ao fim de tarde (18h00):


10. MARÇO


DEPOIS DA GUERRA CIVIL - O REPERTÓRIO ITALIANO

Piano: João Paulo Santos
Comentários: Luísa Cymbron

Soprano: Sónia Alcobaça
Meio-soprano: Maria Luísa de Freitas
Barítono: Luís Rodrigues


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Programa

GAETANO DONIZETTI
"Apri il ciglio" - Duetto Eleonora, Cardenio (Il Furioso nell'isola di San Domingo)
"Cupa, fatal mestizia" - Cavatina Maria (Maria di Rohan)
GIUSEPPE VERDI
"Oh, de' verd'anni miei" - Aria Carlo (Ernani)
VINCENZO BELLINI
"Qui la voce sua soave" - Cantabile Elvira (I Puritani)
SAVERIO MERCADANTE
"Cielo di grazia" - Duetto Violetta, Teodora (Il Bravo)
FRANCISCO XAVIER MIGONE
"Al consorte svela il core" - Preghiera Vanina (Sampiero)
ERRICO PETRELLA
"Fra danze oscene ed orgie" - Duetto e Terzetto Jone, Nidia, Arbace (Jone)
CARLOS GOMES
"Giovinetta, nello sguardo" - Duettino Cecilia, Cacico (Il Guarany)
GIOVANNI PACINI
"Al seno mi stringi" - Terzetto Saffo, Climene, Alcandro (Saffo)

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Recital na Gulbenkian










Para quem não pôde estar presente deixo alguns momentos gravados pela Antena 2 para futura transmissão.



Recital no Auditório 2 da FCG


Entre França e Espanha

Sónia Alcobaça apresenta-se no ciclo Novos Intérpretes com mélodie e canción.

Terça, 10 Fev 2009, 19:00 - Auditório Dois

A mélodie nasceu da junção de dois elementos fundamentais. Por um lado, pode ser vista como a consequência do impacto que os Lieder de Schubert tiveram sobre a prática vocal francesa, que até à década de 30 do século XIX é dominada pela romance. Por outro lado, desenvolveu-se acompanhando as novidades estilísticas e estéticas que foram sendo introduzidas pelos poetas franceses ao longo do século XIX e durante as primeiras décadas do século XX.Género artístico subtil e sofisticado como nenhum outro, a mélodie teve, no momento entre as duas Guerras, um dos seus períodos áureos. Paralelamente, enquanto Paris guardou o seu estatuto de capital cultural europeia, influenciou também a música vocal de compositores cuja origem não era francesa, mas que fizeram daquela a sua cidade de eleição. Ambos os elementos reflectem-se no fascinante programa que será interpretado neste recital.O concerto mostra, através das obras escolhidas, a variedade dos universos poéticos e musicais que a mélodie, como género, pode chegar a expressar, assim como a sua frutífera influência na canción lírica de cinco compositores que, apesar de serem espanhóis, sempre mantiveram ligações com a cultura francesa. A acertada selecção, que inclui composições de Falla, Granados, Honneger, Milhaud, Poulenc e, ainda, três canções de café-concerto da autoria de Satie, foi especialmente concebida para valorizar a magnífica voz e o talento dramático da jovem soprano Sónia Alcobaça, que se apresentará no âmbito do Ciclo Novos Intérpretes da Temporada Gulbenkian de Música, e a sensibilidade a que nos tem acostumado o pianista João Paulo Santos.

Serviço de Música da FCG
02 Fevereiro 2009

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Espanhóis e franceses por Sónia Alcobaça

Com Sónia Alcobaça (Soprano) e João Paulo Santos (Piano)


Obras de Albéniz, Falla, Turina, Granados, Halffter, Durey, Milhaud, Honegger, Tailleferre e Satie.

Para o seu primeiro recital a solo na Gulbenkian, no âmbito do ciclo Novos Intérpretes, a soprano Sónia Alcobaça escolheu, com o pianista João Paulo Santos, um interessante programa, que se centra em compositores franceses e espanhóis, a maior parte deles activos no período entre as duas Guerras Mundiais.

Canções escritas pelos membros do chamado Grupo dos Seis (nome que lhe foi atribuído pelo crítico Henri Collet em 1923) - Durey, Milhaud, Auric, Honegger, Poulenc, Tailleferre - e do seu mentor Erik Satie combinam-se com páginas de Albéniz, Granados, Falla, Turina e Halffter. Se o exotismo da música espanhola fascinou os compositores franceses do princípio do século XX, o ambiente parisiense e as correntes do Impressionismo e do Neoclassicismo francês foram igualmente marcantes para os compositores ibéricos.

Sónia Alcobaça tem-se distinguido entre a nova geração de cantores portugueses pelo seu timbre cintilante e por óptimas qualidades musicais. Estudou na Escola Superior de Música de Lisboa com Joana Silva, trabalhando actualmente com Elena Dumitrescu-Nentwig. Já interpretou vários papéis do repertório lírico em obras de Donizetti, Bizet, Britten, Milhaud, Honegger, Falla e Pinho Vargas) e tem actuado com vários agrupamentos, entre os quais a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Orquestra do Algarve, a Orchestrutópica e o Ensemble Barroco do Chiado.

Cristina Fernandes

Público, 06 de Fevereiro, 2009