Ópera em Quatro Actos
Música de Wolfgang Amadeus Mozart
Libretto de Lorenzo da Ponte, baseado na comédia Le nozze di Figaro de Beaumarchais
Première Mundial: Viena, a 1 de Maio de 1786
As Bodas de Fígaro, uma das óperas mais populares de Mozart, foi criada a partir da segunda peça da trilogia de Beaumarchais, La Folle Journée, ou Le Mariage de Figaro, de 1778, que havia sido banida dos palcos de Viena devido à temática subversiva, mais especificamente, no que diz respeito à sátira à nobreza – um tema arriscado numa época de grandes convulsões políticas. Apesar da proibição, Mozart teria tido acesso à versão impressa do drama assim como à adaptação operática da primeira peça da trilogia, Le Barbier de Séville, por parte de Giovanni Paisiello. Estreada em Viena em 1783, a ópera de Paisiello foi um enorme sucesso e constituiu, ao mesmo tempo, uma oportunidade para Mozart se inteirar do drama de Beaumarchais. Seria no entanto inevitável que o libreto, resultado da primeira colaboração de Da Ponte com Mozart, suprimisse as secções mais comprometedoras resultando numa obra claramente menos subversiva que o texto original.
A composição de As Bodas de Fígaro iniciou-se no final de 1785, tendo a estreia ocorrido em Maio do ano seguinte, em Viena onde a obra foi muito bem aceite. De seguida, foi levada à cena em Praga onde teve uma recepção entusiástica, acabando por levar à encomenda de Don Giovanni, estreada na mesma cidade, no ano seguinte. Por outro lado, a reposição da ópera, em 1789 em Viena, conduziria à encomenda de Così fan tutte, tornando As Bodas de Fígaro uma peça fundamental para a produção operática subsequente do compositor. Na última década do século XVIII e nos séculos seguintes, a obra foi alvo de várias traduções e adaptações, tornando-se uma das obras mais encenadas e emblemáticas do repertório operático ocidental. Personagens e Intérpretes:
Conde de Almaviva - Job Arantes Tomé (barítono) Condessa - Sónia Alcobaça (soprano) Susana - Ana Pinto (soprano) Querubim - Madalena Boleo (soprano) Don Bártolo - Bruno Pereira (barítono) Fígaro - Hugo Oliveira (baixo-barítono) Don Basílio - Fernando Guimarães (tenor) Marcelina - Inês Soares (soprano) Barbarina - Inês Moreira (soprano) António - Tiago Matos (barítono)
Coro da Ópera do Porto Emídio Guidotti, encenação Young Min Park, direcção musical
3 comentários:
Olá Sónia,
Correu bem? Estava para ir mas na último momento não foi possível. Já não chegaria a tempo. Amanhã não estarei no Porto, pelo que não será desta que a ouvirei no papel da Condessa.
Um abraço,
Bruno A. C. Rodrigues
PS: adicionei-a há meses no facebook e continuo pendente. Isto não é maneira de tratar um admirador.=P
Olá,Bruno.
Obrigada pela intenção e pelo cuidado. Correram bastante bem as duas récitas, fiquei contente com o resultado e a receptividade do público foi óptima. É, na verdade, uma ópera maravilhosa.
Quanto ao Facebook, irei imediatamente corrigir a minha falha, mas como uso muito pouco acabo por não actualizá-lo amiúde.
Beijinhos e até breve,
Sónia
Boas.
Tenho tanta pena de não ter assistido. Gosto muito de a ver e ouvir. Tenho muita pena de não ter ido, apesar de não ser propriamente adepto de Mozart. Tão cedo não anda aqui pelo Porto, pois não?
Já vi que já regularizou a situação!=)Eu também não sou propriamente fascinado pelas redes sociais, mas já não passam dois dias sem que vá espreitar o facebook.
Quando tiver disponibilidade e andar pelo Porto, convido-a desde já para um almoço ou um jantar.
Um abraço,
Bruno A. C. Rodrigues
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