terça-feira, 29 de dezembro de 2009
VILLE DE BRON - Espace Albert Camus
NOUVEL AN A BROADWAY
DIMANCHE 3 JANVIER | 17 H 00
Concert du Nouvel An avec la Camerata du Rhône et l'Ensemble Darcos le dimanche 3 janvier à 17 heures à l'Espace Albert-Camus.
La formation à cordes de la Camerata du Rhône et l’Ensemble Darcos du Portugal ont choisi de se réunir autour d’un répertoire de chansons de Broadway des années 1930 à 1950. C’est l’occasion de mettre en relief une partie des compositeurs de musique savante et populaire de la même époque tels que Aaron Copland et Cole Porter. Nombre de leurs créations comptent parmi les plus célèbres du grand répertoire américain de la chanson et du jazz.
Durant ce spectaculaire concert du nouvel an, les deux formations se côtoient, tour à tour, puis se mélangent pour terminer avec les mélodies célèbres de Broadway, comme Night and day, You do something to me…
Soprano: Sónia Alcobaça
Barítono: Rui Baeta
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Haydn - Nelson Mass
Quarteira, Igreja S. Pedro do Mar
Franz Joseph Haydn (1732-1809)
Te Deum para a Imperatriz Maria Teresa
Missa in Angustiis (Nelson Mass), em Ré Menor
Orquestra do Algarve
Côro Ricercare
Maestro:
Osvaldo Ferreira
Solistas:
Sónia Alcobaça (Soprano)
Patrícia Quinta (Mezzo-Soprano)
João Cipriano (Tenor)
Diogo Oliveira (Barítono)
Entrada Livre
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Concerto com a Orquestra do Algarve
Faro, Universidade do Algarve
Gioacchino Rossini (1792-1868)
Abertura de "A Italiana em Alger"
W.A.Mozart (1756-1791)
"Rapto do Serralho"
"Don Giovanni"
"Zaide"
"Flauta Mágica"
Franz Joseph Haydn (1732-1809)
Sinfonia nº84 em Mi bemol Maior
Maestro:
Osvaldo Ferreira
Solistas:
Sónia Alcobaça (Soprano)
João Cipriano (Tenor)
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Cantata para un silencio - Centro Cultural Olga Cadaval
Esta foi definitivamente a mais louca experiência Kamikazi de toda a minha vida. Preparar uma obra contemporânea, em estréia mundial, de 270 páginas, para dois pianos, côro e solistas, em menos de dois dias, é de loucos. E tudo por culpa de uma malvada apendicite que atacaria subitamente a minha querida Carla Simões, impedindo-a de se apresentar no dito concerto. A alternativa seria o cancelamento. Decidi então arriscar. É claro que não fiz mais nada a não ser repetir ininterruptamente cada frase tentando absorver tudo o que me fosse possível. Foi um autêntico salto para a corda bamba. Felizmente tudo correu bem, e é isso que importa. Apesar das circunstâncias, tive a sorte de poder interpretar uma obra maravilhosa. Rítmos latino-americanos em contínua mutação, textos literários belíssimos, com uma paleta de cores impressionante. Gostaria muito de, oportunamente, voltar a fazê-la. Além de desejar rápidas melhoras à Carla, quero também agradecer o incansável apoio de todos os intervenientes. A todos ... Parabéns e muito obrigada.
Compositor - Daniel Shvetz
Selecção e montagem de textos - Paula Ramos
direcção - Jorge Carvalho Alves
Coro Sinfónico Lisboa Cantat
Francisco Sassetti (piano)
Paul Timmermans (piano)
Sónia Alcobaça (soprano)
Fernando Guimarães (tenor)
Manuel Rebelo (barítono)
O texto que serve de base à obra é uma montagem da prosa e poesia de cinco autores latino-americanos e um português. Nasceu do desafio feito pelo compositor, Daniel Shvetz, à escritora argentina Paula Ramos. O cubano Alejo Carpentier e o seu El reino de este mundo e Los pasos perdidos revelam-nos, com uma abordagem barroquista, uma visão lírica das primeiras épocas a seguir à colonização da América Central; o peruano Cesar Vellejo, um dos maiores representantes da poesia hispano-americana, brinda-nos com a sua constante inspiração e com as mais belas sonoridades do castelhano; Padre António Vieira, um dos pais da portugalidade e de língua portuguesa, através de excertos do seu conhecido Sermão de Santo António aos Peixes, dirigindo-se-lhes como se eles fossem homens; Manuel Scorza e a sua descrição, em prosa poética, das revoltas dos camponeses nos anos sessenta, em Redoble por Rancas; Juan Rulfo, considerado pelo seu único romance Pedro Páramo, o maior dos romancistas em língua espanhola, descreve como ninguém o silêncio nas suas diferentes vertentes, a distância, a solidão, a saudade, a busca impossível do parente perdido; e, finalmente, Jorge Luis Borges e a sua refinada forma de encadear pensamentos de forma particularmente sintética e clara.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Críticas
John Allison - Opera
"(...) The plotting of Hagen (James Moellenhoff), Gunther (a powerful-voiced Michael Vier) and Gutrune (the soft-grained soprano Sónia Alcobaça) is vividly done, and Gunther and Gutrune are first discovered sharing a jacuzzi - adding yet another layer of incest to the tangled Ring relationships."
John Allison - Opernwelt
"(...) Die Intrigen von Hagen (James Moellenhoff), Gunther (mit kraftvoller Stimme: Michael Vier) und Gutrune (mit feinkörnigem Sopran: Sónia Alcobaça) kommen lebhaft, erregt. Dass man Gunther und Gutrune zunächst gemeinsam in einem Jacuzzi sieht, spinnt das Inzest-Motiv im «Ring» um eine Episode weiter."
Teresa Cascudo - Mundoclasico.com
"(...) En el lado oscuro, Michael Vier (Gunther), James Moellenhoff (Hagen), Johann Werner Prein (Alberich) y Sónia Alcobaça (Gutrune), fueron también magníficamente convincentes en el aspecto teatral y estuvieron en un buen nivel desde el punto de vista vocal. Por un lado, tuvimos a Moellenhoff, de voz oscura y gesto malvado, tanto como Prein, que es uno de los mejores artistas que han participado en este Anillo. Por otro, a los dos hermanos, de los que me cuesta no destacar a Sónia Alcobaça. Aunque no la conozco personalmente, poseo por la joven soprano portuguesa un especial cariño, que se debe a la valentía con la que está conduciendo su carrera. Esto tiene particular mérito en un medio como el portugués, pequeño y que no ofrece, por lo tanto, demasiadas oportunidades para desarrollar de forma coherente (y sin destrozarse la voz) una carrera tan específica como es la una cantante lírica. Se mueve bien en el registro de soprano lírico spinto. Es muy expresiva, con segura zona grave y timbre brillante, lo que le permite abordar papeles como el de Gutrune. Se resintió un poco del peso de la responsabilidad, lo que no es de extrañar teniendo en cuenta las escasas veces en las que el São Carlos abre sus puertas a cantantes portugueses asumiendo papeles tan relevantes."
Antônio Esteireiro - Opera Actual
"(...) Para los cantantes representaba sin duda un esfuerzo suplementario el ritmo alucinante de la dirección escénica, pero ello no impidió la excelencia de sus prestaciones. (...) Entre los demás solistas cabe destacar al barítono Johann Werner Prein (Alberich), el único que ha cubierto todo el ciclo, y el bajo James Moellenhoff (Hagen), con Michael Vier (Gunther), Sónia Alcobaça (Gutrune) y Maria Luisa de Freitas (Segunda Norna)."
Pedro Boléo - Público
"(...)Para além do extraordinário Prein, destaquem-se ainda as qualidades de Michael Vier (Gunther) e a consistência de James Moellenhoff (Hagen), bem como Sónia Alcobaça, que brilhou vocal e teatralmente no exigente papel de Gutrune."
Laurent - blog.parisbroadway.com
"Les chanteurs, malgré de petites faiblesses, sont globalement excellents. Leur implication au service de la conception du metteur en scène fait plaisir à voir."
ilpastorfido.blogspot.com
"Sónia Alcobaça (Gutrune) - Gostei muito de a ouvir, tem um timbre bonito, e fico feliz por ver uma portuguesa como seconda-donna num teatro que é monopolizado maioritariamente por estrangeiros."
Blog: Aurora luminosa
"Nas vozes, destaco James Moellenhoff (Hagen), pela sua solidez e segurança; e Gutrune (Sónia Alcobaça) de voz harmoniosa e bem timbrada."
Jorge Calado - Expresso
"Tive a oportunidade de assistir novamente (dia 18) a "Götterdämmerung", no São Carlos. Agora bem rodada, esta 4a récita foi uma revelação: o maestro Letonja conseguiu tirar o melhor rendimento duma orquestra transfigurada (em relação à estreia). Se juntarmos a recriação genial de Vick e uma Sónia Alcobaça (Gutrune) e um James Moellenhoff (Hagen) no seu melhor, temos uma gloriosa tarde de ópera! Confirma-se, uma vez mais, que os críticos não devem frequentar as estreias."
Facebook - Ana Cano
"Gostava de felicitá-la. Foi uma muito, muito feliz surpresa esta sua Gutrune! Gostei de conhecê-la, Sónia! - de ouvi-la (timbre tão agradável!), de vê-la (que expressividade!: tudo lhe passa pelos olhos!, pelas delicadas feições que, a cada momento, e tão perfeitamente!, tão exactamente!, tomam para si a expressão do sentir experimentado, do instante, mais do que representado, ali vivido...).
Parabéns!! Felicidades! E... obrigada, Sónia!!"
Artes & Espectáculos - "Crepúsculo dos Deuses" no São Carlos - RTP Noticias, Vídeo
Götterdämmerung: última récita pela Internet
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Ópera no Teatro S. Luiz em 2010
OS MORTOS VIAJAM DE METRO
Abril/2010
Domingo às 17H30
Libreto Armando Nascimento Rosa
Encenação Paulo Matos
domingo, 19 de julho de 2009
Götterdämmerung em Outubro
Desenho de Luz Giuseppe di Iorio
Coro do Teatro Nacional de São Carlos
SINOPSE
sexta-feira, 26 de junho de 2009
segunda-feira, 22 de junho de 2009
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Jornal Público - "Uma ópera em construção"
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Fazer uma ópera numa escola do século XXI
Criado por Benjamin Britten, no final dos anos 40, o projecto Let’s Make an Opera (com libreto de Eric Crozier) propõe-se fazer da construção de uma ópera o próprio espectáculo. Originalmente, tal como foi concebido por Britten, o espectáculo apresenta na primeira parte uma peça de teatro habitada por uma família cujas crianças decidem construir uma ópera. Chamam-lhe The Little Sweep (O Pequeno Limpa-Chaminés) e a acção decorre no século XIX. Toda a primeira parte do espectáculo, ocupada pela escrita e pelos ensaios das crianças, é uma preparação do que vem a seguir, quando a ópera é então posta em cena. O libreto conta a história do pequeno Sam (João, na versão portuguesa), que é obrigado a trabalhar aos nove anos, vendido pelo pai aos limpa-chaminés e por eles explorado. O seu destino parece traçado até que um dia fica preso na chaminé da casa onde vive a família que conhecemos na primeira parte do espectáculo. As crianças descobrem Sam e resolvem libertá-lo de uma vida de escravidão. Dão-lhe banho, alimentam-no e ajudam-no a fugir.
Pode dizer-se que "Vamos Fazer uma Ópera – Um Entretenimento para Jovens", com estreia a 19 de Junho no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, é um espectáculo "completo". Tem teatro, tem música, tem ópera. No elenco tem crianças e adultos, tem solistas e coro, e mesmo o público é convidado a participar.
A nova versão portuguesa (com três actos) de Let’s Make an Opera, embora fiel à ópera, integra um novo conceito: o encenador Paulo Matos, que já tinha montado este espectáculo nos anos 90, quis tornar a primeira parte muito mais abrangente e acentuar-lhe a importância. De uma casa particular, a acção passa para uma escola básica contemporânea, onde alunos e professores se propõem construir uma ópera. Mas Paulo Matos foi mais longe. "Procurei estabelecer um paralelo entre a primeira e a segunda parte do espectáculo, introduzindo na escola uma criança que também é vítima de exploração infantil, tal como o pequeno limpa-chaminés na ópera", explica o encenador. É assim que surge o João, um menor marginalizado, que se infiltra na escola com a intenção de roubar alguma coisa de valor o pai exige-lhe que leve dinheiro para casa, mas que ali procura também um lugar onde possa dormir e abrigar-se do frio. É descoberto pelos alunos da escola, que acabam por acolher com grande entusiasmo o novo colega. A sua salvação chega através de um projecto artístico que o integra na escola e que lhe dá a oportunidade de ser criativo e de brincar, com a mesma liberdade que têm as outras crianças. Vão construir uma ópera! No segundo acto, professores e alunos da turma de artes lançam mãos à obra, e envolvem-se num projecto escolar com todos os elementos essenciais de aprendizagem, onde não falta a investigação histórica que permite tecer uma narrativa do século XIX, com limpa-chaminés.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
Opera Premium em Albufeira
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Albufeira Anima abre com Ópera Premium
O programa Albufeira Anima arranca com concerto de luxo. No dia 6 de Junho, o Largo dos Paços do Concelho vai acolher, pelas 22H00 a exibição da Ópera Premium. Um espectáculo musical a cargo da Orquestra do Norte com a interpretação de algumas das maiores óperas de sucesso internacional.
O público vai poder assistir a excertos de famosas óperas de alguns dos mais notáveis compositores. Um espectáculo acompanhado pela voz de Sónia Alcobaça (soprano), Luís Rodrigues (barítono) e Mário Alves (tenor).
Este é um concerto que irá oferecer à assistência extractos de O Barbeiro de Sevilha, do compositor Gioachino Rossini e da conceituada La Bohème, de Giacomo Puccini. Uma noite diferente marcada também pela interpretação de excertos de Rigoletto, do compositor italiano Giuseppe Verdi e Don Giovanni de Wolfgang Amadeus Mozart.
in Canal do Sul
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Ópera Infantil na Gulbenkian
domingo, 12 de abril de 2009
sexta-feira, 10 de abril de 2009
domingo, 5 de abril de 2009
Portfólio: Recital de Sesimbra
"Vissi d'arte" Tosca/Puccini
"Qual fiamma avea nel guardo" - Nedda/Leoncavallo
"Quando m'en vo" - Musetta/Puccini
Após várias tentativas frustradas para conseguir endireitar as imagens decidi editá-las mesmo assim. São três árias do recital de Sesimbra, que o meu querido Luis Pereira teve a amabilidade de registar. Apesar da reverberação da Igreja e da fraca qualidade dos microfones do telemóvel, ainda assim dá para apreciar um pouco do que foi este serão em torno de Puccini.
quarta-feira, 25 de março de 2009
Programa do Recital de Sesimbra
GIACOMO PUCCINI (1858-1924)
"Signore, ascolta!" (Liù - Turandot)
"Un bel dì vedremo" (Cio-cio San - Madama Butterfly)
Prelúdio (Tosca)
"Vissi d'arte" (Tosca)
Encore:
"Quando me'n vo" (Musetta - La Bohème/Puccini)
"Pace, pace" (Leonora - La Forza del Destino/Verdi)
sábado, 21 de março de 2009
Portfólio: "Metanoite" de João Madureira
Metanoite
29 e 30 de Junho de 2007 / Grande Auditório da F.C.Gulbenkian
Sobre esta ópera escreveu o compositor João Madureira :
”Metanoite é uma ópera que reflecte sobre o estado do mundo neste microclima que é o meio artístico erudito nos nossos dias – as suas contradições, surpresas e perplexidades. E é também uma reflexão sobre o modo como pensamos e sobre a própria linguagem que usamos e que a nós nos usa.”
Composição: João Madureira
Libreto: a partir de “O Senhor dos Herbais” e outros livros de Maria Gabriela Llansol
Adaptação: João Barrento
Direcção musical: Cesário Costa
Encenação: André e. Teodósio em parceria com Catarina Campino e Javier Núñez Gasco
Desenho de luz: Cristina Piedade
Pianista correpetidor: Pedro Vieira de Almeida
OrchestrUtopica
Cantores:
Sónia Alcobaça (soprano),
Sílvia Filipe (meio-soprano),
Mário Redondo (barítono);
Actores: André e. Teodósio, Catarina Campino, Javier Núñez Gasco, Maria João Machado, Mónica Garnel, Paula Sá Nogueira
Banda convidada: METANOITE (André Campino, André Prata, Hugo Cruz, Paulo Gonçalves).
Espectáculo para maiores de 12 anos.
domingo, 8 de março de 2009
Petite Messe Solennelle - Rossini
quarta-feira, 4 de março de 2009
domingo, 22 de fevereiro de 2009
Foyer Aberto - O São Carlos no século XIX
Concertos ao fim de tarde (18h00):
10. MARÇO
DEPOIS DA GUERRA CIVIL - O REPERTÓRIO ITALIANO
Piano: João Paulo Santos
Comentários: Luísa Cymbron
Soprano: Sónia Alcobaça
Meio-soprano: Maria Luísa de Freitas
Barítono: Luís Rodrigues
GAETANO DONIZETTI
"Apri il ciglio" - Duetto Eleonora, Cardenio (Il Furioso nell'isola di San Domingo)
"Cupa, fatal mestizia" - Cavatina Maria (Maria di Rohan)
"Oh, de' verd'anni miei" - Aria Carlo (Ernani)
VINCENZO BELLINI
"Qui la voce sua soave" - Cantabile Elvira (I Puritani)
"Al seno mi stringi" - Terzetto Saffo, Climene, Alcandro (Saffo)
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Recital na Gulbenkian
Recital no Auditório 2 da FCG
Sónia Alcobaça apresenta-se no ciclo Novos Intérpretes com mélodie e canción.
Terça, 10 Fev 2009, 19:00 - Auditório Dois
A mélodie nasceu da junção de dois elementos fundamentais. Por um lado, pode ser vista como a consequência do impacto que os Lieder de Schubert tiveram sobre a prática vocal francesa, que até à década de 30 do século XIX é dominada pela romance. Por outro lado, desenvolveu-se acompanhando as novidades estilísticas e estéticas que foram sendo introduzidas pelos poetas franceses ao longo do século XIX e durante as primeiras décadas do século XX.Género artístico subtil e sofisticado como nenhum outro, a mélodie teve, no momento entre as duas Guerras, um dos seus períodos áureos. Paralelamente, enquanto Paris guardou o seu estatuto de capital cultural europeia, influenciou também a música vocal de compositores cuja origem não era francesa, mas que fizeram daquela a sua cidade de eleição. Ambos os elementos reflectem-se no fascinante programa que será interpretado neste recital.O concerto mostra, através das obras escolhidas, a variedade dos universos poéticos e musicais que a mélodie, como género, pode chegar a expressar, assim como a sua frutífera influência na canción lírica de cinco compositores que, apesar de serem espanhóis, sempre mantiveram ligações com a cultura francesa. A acertada selecção, que inclui composições de Falla, Granados, Honneger, Milhaud, Poulenc e, ainda, três canções de café-concerto da autoria de Satie, foi especialmente concebida para valorizar a magnífica voz e o talento dramático da jovem soprano Sónia Alcobaça, que se apresentará no âmbito do Ciclo Novos Intérpretes da Temporada Gulbenkian de Música, e a sensibilidade a que nos tem acostumado o pianista João Paulo Santos.
Serviço de Música da FCG
02 Fevereiro 2009
Espanhóis e franceses por Sónia Alcobaça
Com Sónia Alcobaça (Soprano) e João Paulo Santos (Piano)
Obras de Albéniz, Falla, Turina, Granados, Halffter, Durey, Milhaud, Honegger, Tailleferre e Satie.
Para o seu primeiro recital a solo na Gulbenkian, no âmbito do ciclo Novos Intérpretes, a soprano Sónia Alcobaça escolheu, com o pianista João Paulo Santos, um interessante programa, que se centra em compositores franceses e espanhóis, a maior parte deles activos no período entre as duas Guerras Mundiais.
Canções escritas pelos membros do chamado Grupo dos Seis (nome que lhe foi atribuído pelo crítico Henri Collet em 1923) - Durey, Milhaud, Auric, Honegger, Poulenc, Tailleferre - e do seu mentor Erik Satie combinam-se com páginas de Albéniz, Granados, Falla, Turina e Halffter. Se o exotismo da música espanhola fascinou os compositores franceses do princípio do século XX, o ambiente parisiense e as correntes do Impressionismo e do Neoclassicismo francês foram igualmente marcantes para os compositores ibéricos.
Sónia Alcobaça tem-se distinguido entre a nova geração de cantores portugueses pelo seu timbre cintilante e por óptimas qualidades musicais. Estudou na Escola Superior de Música de Lisboa com Joana Silva, trabalhando actualmente com Elena Dumitrescu-Nentwig. Já interpretou vários papéis do repertório lírico em obras de Donizetti, Bizet, Britten, Milhaud, Honegger, Falla e Pinho Vargas) e tem actuado com vários agrupamentos, entre os quais a Orquestra Sinfónica Portuguesa, a Orquestra do Algarve, a Orchestrutópica e o Ensemble Barroco do Chiado.
Cristina Fernandes
Público, 06 de Fevereiro, 2009